Estratégias para quem está abrindo o próprio negócio

Quem nunca sonhou em ter um negócio próprio, não é verdade? Às vezes por ficar indisposto com o patrão ou com o ambiente de trabalho, outras vezes para simplesmente realizar um sonho, ou por qualquer razão similar.

De fato, existe até um Indicador de Nascimento de Empresas, desenvolvido pelo Serasa Experian, que acompanha o crescimento em tempo real. Só no último período, já foram abertas mais de 280 mil novas empresas.

Isso mostra que o brasileiro realmente tem uma tendência para o empreendedorismo. Porém, também é conhecido o receio que costuma evitar que a maioria das pessoas tenha coragem para dar o primeiro passo rumo à autonomia.

Às vezes, a pessoa já tem uma experiência sólida em algo que ela sabe que é uma dor muito grande no seu segmento, como uma solução de software de gestão financeira. Contudo, o medo pode ser limitante e acabar gerando bloqueios.

Por isso, decidimos escrever este artigo, trazendo alguns conceitos básicos e dicas práticas para quem decidiu abrir ou está abrindo seu próprio negócio. Ao contrário do que alguns podem pensar, não se trata apenas de ter o dinheiro necessário.

Por exemplo, é comum a confusão entre “capital inicial” e “capital de giro”, o que pode ser o suficiente para que uma empresa simplesmente fracasse nos seus primeiros meses de atividade. Afinal, o capital inicial é responsável apenas pela infraestrutura.

Seja para montar uma indústria ou um site de vendas, você vai precisar de uma injeção ou um aporte de valores, certo? Este é o capital inicial, daí o seu nome: ele dá início às atividades básicas da empresa, abrindo as portas para o mercado.

Contudo, é bem provável que no começo você não ganhe o suficiente nem mesmo para pagar as contas fixas, que podem incluir:

  • Aluguel;
  • Água e luz;
  • Salários;
  • Hospedagem;
  • Softwares;
  • Serviços;
  • Compras;
  • Entre outras.

Aí é que entra o capital de giro, que ajuda o negócio a “girar”. Assim, um negócio de soluções financeiras para empresas precisa ter algo em torno de seis meses ou um ano de caixa, até atingir o que se chama breakeven (ponto de equilíbrio).

Portanto, não basta “ter o dinheiro para abrir”. É preciso ter os dois tipos de capital financeiro, e  muito conhecimento sobre o seu próprio mercado e sobre estratégias que podem funcionar para qualquer negócio, como as que trazemos aqui.

Então, se você quer virar a chave e abrir um negócio próprio com os pés no chão, e um horizonte promissor no médio e longo prazo, basta seguir adiante na leitura.

Qual é realmente o primeiro passo?

Muita gente começa a tratar de abertura de novos negócios falando em estudo de mercado, Business Plans (plano de negócios) e afins. Na verdade, primeiro é preciso amadurecer bem a ideia, até ter algumas certezas básicas.

Por exemplo, não existe estratégia, planejamento ou aplicativo no mundo que possa dizer se você gosta ou não de determinado segmento. Agora, se o produto ou o serviço não encanta você de algum modo, isso é um sinal ruim, concorda?

Para trabalhar com etiquetas adesivas personalizadas, certamente a pessoa precisa gostar de artes visuais, de programas de computador, de criação e ideias abstratas, entre outras coisas desse setor.

Portanto, não procure apenas “fazer algo promissor”, mas tornar um sonho seu em algo que pode ser promissor.

Nem todo negócio que abre é inovador ou revolucionário, às vezes um pequeno diferencial já basta para tornar sua ideia interessante, desde que ela seja interessante para você, em primeiro lugar.

Por dentro do Plano de Negócios

Quem já sabe em que segmento e nicho de mercado quer atuar, terá muito prazer em fazer seu Business Plan ou Plano de Negócios. Embora ainda não se trate de pôr a mão na massa, esse documento é fundamental.

Aliás, hoje é muito comum utilizá-lo para captação de recursos, caso você precise de empréstimos para dar os primeiros passos. É nele que, por exemplo, uma empresa de totem coloca as informações essenciais sobre a marca e a missão da empresa.

Ele pode conter os seguintes tópicos:

  • O modelo de negócio;
  • Os fundamentos da marca;
  • A Missão, a Visão e os Valores;
  • Os perfis do público-alvo;
  • Os perfis da concorrência;
  • Análises de viabilidade;
  • Despesas e custos fixos;
  • Entre outros pontos.

Depois de estudar tudo isso e provar, seja para os investidores, para os sócios ou para si mesmo que você consegue ter um Plano de Negócios realista, claro e promissor, certamente vai ser mais fácil iniciar a parte prática.

Adiante vamos nos aprofundar em alguns pontos do Business Plan, pois eles constituem as principais estratégias que você vai realizar para tornar seu negócio mais robusto.

Como conhecer melhor o mercado?

Conhecer o mercado é algo indispensável para todo empresário. Se você vai abrir uma loja física, é claro que você vai tentar entender se aquele ponto tem o fluxo necessário de pessoas, e se elas têm sinergia com seu produto ou serviço, concorda?

No caso de um negócio digital, o esforço seria o mesmo, por incrível que pareça. Qualquer pesquisa sobre engajamento que você fizer vai identificar que cada plataforma online costuma impactar um tipo de pessoa, com estratégias diferentes.

Assim, o uso que você faria de buscadores, ou redes sociais, ou marketplaces, poderia estar totalmente condicionado ao seu público-alvo, o ticket médio dele e coisas assim. Então, uma estratégia indispensável é usar a internet para conhecer o mercado.

Com a disseminação da esfera online, mesmo que você vá abrir um negócio presencial, ainda assim a internet pode ajudar e muito na hora de fazer pesquisas de mercado, especialmente para fechar parcerias, conseguir bons fornecedores, funcionários, etc.

Sobre o público e o marketing

Nenhuma marca jamais prosperou sem compreender a fundo o seu público-alvo, conhecendo as vontades dele, seus desejos, seus hábitos e muito mais. Inclusive, é possível desenvolver todo um negócio em volta desse pilar.

Hoje esse conceito evoluiu e busca definir os perfis da persona (ou avatar), que nada mais é do que o seu público-alvo, só que visto de modo muito mais dinâmico e assertivo. O bacana é que isso vale para qualquer negócio, seja industrial ou de brindes corporativos.

As perguntas que podem ajudar nessa estratégia são:

  • Onde está meu cliente ideal?
  • Quais locais ele mais frequenta?
  • Que redes sociais ele mais utiliza?
  • Onde ele consome notícias e novidades?
  • Quanto ele está disposto a gastar?
  • O que ele adora que façam para ele?
  • O que ele odeia em uma negociação?
  • Quanto ele precisa da minha solução?
  • Entre muitas outras similares.

Aí é que entra o papel do marketing. Imagine se você só fizesse isso depois da locação de uma loja física, ou depois de investir uma fortuna em marketing digital. O risco de não chegar às pessoas certas na hora certa seria enorme, concorda?

Então, baseado no questionário acima, faça dois ou três perfis semifictícios, dê nome e até fotos para eles. Assim, cada ação que realizar vai ser pensando nesses perfis, o que vai ajudar não apenas a vender mais, mas também a investir melhor seus recursos.

Sociedade, terceirização e afins

Ao falar sobre a quantidade de frentes que um negócio precisa tocar, pensando tudo ao mesmo tempo, pode parecer impossível que alguém faça tudo isso, não é mesmo?

De fato, não se trata de fazer nada sozinho. A primeira grande estratégia está no quadro de sócios, que deve incluir pessoas com expertises diferentes. Se você entende tudo de sinalização de segurança, e nada de administração ou finanças, o que fazer?

Talvez seja o caso de propor sociedade a alguém. Geralmente, um é o dono que teve a ideia de montar um negócio, e outro é o sócio investidor, que traz o dinheiro e ainda tem um conhecimento financeiro maior.

Se a função não for tão estrutural, também é possível terceirizar os serviços. Realmente, um contador, um advogado ou mesmo um vendedor podem fazer muito por um negócio que ainda está no começo, como ficará claro adiante.

Bônus: e toda a parte burocrática?

Certamente, não é possível falar sobre novos negócios sem mencionar a parte de legislações, documentação, condições de abertura de empresa, registro de marca e medidas similares.

A resolução desses aspectos depende muito da disponibilidade de cada um. Não é incomum ver empreendedores que correm atrás de cada ponto desses na internet mesmo, pesquisando, fazendo contatos ou mesmo cursos que esclarecem tais pontos.

Também é possível contar com serviços de abertura de empresa, como na dica dada acima, sobre terceirização. Neste caso, você vai ter um profissional por trás de cada demanda mencionada, o que pode facilitar e dar mais tranquilidade.

Realmente, entre as exigências legais da Fundação Procon (Proteção e Defesa do Consumidor) e as do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que faz registro de marcas, pode haver muito o que aprender, então toda ajuda é bem-vinda.

Com isto vemos como as dicas dadas acima podem tornar a abertura de um negócio próprio algo muito mais concreto, prático e promissor.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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