Os e-commerces mesmo estrições incentivaram o crescimento das compras on-line e mudaram hábitos de consumo, mas as vantagens fazem com que o formato continue em alta.
Em meio às restrições causadas pelo coronavírus, comprar on-line passou a fazer parte da rotina de muita gente, e os novos hábitos de consumo se refletem nos números.
Os e-commerces tiveram crescimento acima do esperado, principalmente impulsionado pela pandemia, nos últimos dois anos.
Inclusive, esse sucesso parece não ser passageiro, já que as vendas continuam crescendo, e a maioria dos e-commerces pensa em estratégias diárias para conquistar novos clientes e para fidelizar aqueles que já existem.
Por isso, existem tantos e-commerces com cupom, com promoção e com ofertas especiais na internet.
Veja o quanto o e-commerce cresceu nos últimos anos e o que esperar para o futuro.
Alternativa durante a pandemia
Mesmo quem nunca havia comprado nada on-line teve que se render às facilidades do e-commerce.
Em um momento sem possibilidade de sair de casa e com estabelecimentos físicos fechados, como centros comerciais e shoppings, praticamente todo tipo de compra passou a ser feito pela internet, desde o mercado da semana, remédios e roupas até grandes itens.
O resultado disso foi claro: o número de compras pela Internet disparou, e as empresas tiveram que se adaptar ao mercado online.
Segundo uma pesquisa da Canuma Capital e E-Commerce Brasil, publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, as vendas digitais atingiram a marca de R$ 260 bilhões em 2021, superando, em 100 bilhões de reais, a marca de 2019, antes da pandemia.
Ao mesmo tempo, os shoppings, que permaneceram fechados por grandes períodos em 2020 e também por boa parte de 2021, faturaram cerca de R$175 bilhões em 2021, 15 bilhões de reais a menos do que o período pré-pandemia.
Esse resultado já era esperado por conta da situação, mas fez com que muitas lojas passassem a investir no digital para driblar essa dificuldade.
As vendas no pós-pandemia e a estratégia multicanal
Ainda que os estabelecimentos físicos e os shoppings tenham reaberto, tudo indica que os e-commerces continuarão em crescimento, uma vez que muitos hábitos de consumo do brasileiro acabaram mudando nos últimos dois anos.
Entretanto, isso não quer dizer que os shoppings perderam relevância.
Segundo a mesma pesquisa, existem cerca de 600 shoppings em operação no país que retomaram suas atividades após as liberações sanitárias e que registraram grandes quantidades de visitas após isso.
Além de os shoppings já estarem inseridos no contexto de consumo do brasileiro, outro ponto que os manteve com relevância diz respeito aos processos de digitalização das lojas.
Mesmo fechadas, continuaram vendendo pelos e-commerces e pelos marketplaces, mantendo sua relevância.
De acordo com a Accenture, consultoria de mercado, essa é uma característica que mostra uma grande tendência: a multicanalidade, ou venda em diferentes canais de compra de maneira integrada.
Isso porque, atualmente, é muito comum um cliente ver um item on-line e ir até a loja conferir ou vice-versa, fazendo com que o consumidor flutue entre as duas realidades, o que contribui para o crescimento tanto dos e-commerces quanto dos estabelecimentos físicos.
Vantagens dos e-commerces ainda chamam atenção
Apesar de a multicanalidade ser uma tendência para os hábitos de consumo, os e-commerces continuam sendo opção para muita gente, mesmo após as liberações, aspecto que se dá pelas facilidades e pelas vantagens encontradas.
Dentre as principais vantagens do e-commerce, estão:
- Facilidade na busca de produtos;
- Acesso a produtos não encontrados nas lojas físicas;
- Possibilidade de compra e de venda em grandes distâncias;
- Preços mais em conta;
- Mais promoções e descontos;
- Facilidade em comparar valores;
- Praticidade em não sair de casa;
- Segurança sanitária, evitando contato com outras pessoas.
Assim, empresas que ainda não investem no digital podem ficar sem essas vantagens competitivas e de fora do movimento da multicanalidade.
De acordo com especialistas, o ideal é considerar as duas frentes nas estratégias de venda.