As chamadas para investir no metaverso em 2023 começaram a ganhar maiores argumentos, trazendo sugestões melhor consolidadas, considerando todos os pontos que envolvem essa tecnologia.
A tecnologia de realidade aumentada, com o uso de avatares personalizáveis para interações interpessoais ganhou força no mercado com o uso do termo para denominar uma das maiores empresas de tecnologia atualmente.
Com a utilização do metaverso, uma empresa de controle de acesso, por exemplo, poderia adaptar suas atuações para incluir inserções no meio digital, afinal as formas de interação entre pessoas seriam alteradas.
Durante o período em que o mercado começava a acostumar-se com o conceito do metaverso, todos os discursos que envolviam a sua aplicação e desenvolvimento eram eufóricos e imediatistas.
Atualmente, com a ideia amadurecida, são ponderadas todas as questões, incluindo os possíveis riscos desse investimento, levantando a questão se vale a pena investir no metaverso em 2023.
O que é o metaverso?
O metaverso é um conjunto de tecnologias que criam um cenário de realidade aumentada e 3D, funcionando como a extensão de espaços que existem na vida real. Essa criação de novos espaços traz o desenvolvimento de novas dinâmicas empresariais e sociais.
Através de uma sala de reunião online, uma negociação para venda de porta paletes, por exemplo, poderia ser feita usando os avatares de cada tomador de decisão, estando todos virtualmente em um mesmo espaço e fisicamente distantes.
Em resumo, o metaverso vem para romper as barreiras físicas, construindo novas pontes para desenvolvimento de novos negócios e até de relações interpessoais, indo além do mundo dos jogos imersivos.
Como funciona o metaverso?
Com a chegada de novas formas de trabalho e entretenimento, o tempo em frente às telas cresce a cada dia, as compras online mais específicas, como comprar bebedouro, por exemplo, são um reflexo desse aumento da presença online no cotidiano.
O uso do metaverso busca justamente transformar esse tempo em momentos de altíssima produtividade.
Para isso ele traz alguns recursos que são a base de seu funcionamento, como o uso de avatares, ativos personalizados usados para representar o indivíduo que usa o metaverso.
Também existe o teletransporte, uma funcionalidade que facilita o trânsito do usuário através dos espaços virtuais criados no universo.
E por último os ambientes pessoais, que são os espaços criados e gerenciados pelo usuário, e para que outras pessoas tenham acesso a eles é necessário autorização, podendo usá-los para reuniões ou para abertura de empresa.
Benefícios iniciais do metaverso
Com a evolução das conversas sobre o metaverso, muitas das bases dessa tecnologia foram mantidas durante o tempo, e seus benefícios oferecidos ainda têm aceitação no mercado, podendo ser exemplificados pelos seguintes fatores:
- Extinção dos limites de fronteira;
- Despreocupação com deslocamento;
- Possibilidades quase infinitas;
- Mensuração de dados;
- Alcance sem limitação espacial.
Todos esses fatores ainda se mantêm estáveis quando se trata do desenvolvimento do metaverso, servindo como argumentos positivos para o investimento nessa tecnologia.
Uso do Hype Cycle para considerar o investimento
Para ter o diagnóstico correto se ainda vale a pena investir no metaverso em 2023 é preciso analisar alguns dados e indicadores do mercado.
Criar uma escala de parâmetro para medir determinadas ações é muito importante, é através do resultado em estudos desse tipo em que é possível a recuperação de áreas contaminadas com materiais industriais, por exemplo.
No mundo das novas tecnologias, a escala que pode servir de termômetro para entender o potencial dessa nova tecnologia é o Hype Cycle, método criado pelo Instituto Gartner.
Em resumo o Hype se divide em 5 escalas, que se seguem para apresentar o grau de sucesso, sendo elas, em ordem:
- Gatilho da inovação;
- Pico das expectativas;
- Abismo da desilusão;
- Rampa do iluminismo;
- Planalto de produtividade.
Nesse momento o metaverso se encontra ainda na primeira etapa da escala, o gatilho de inovações, que seria uma fase inicial, onde empresas criam projetos que serão desenvolvidos mediante os testes de mercado.
A assimilação ou não da tecnologia depende da disponibilidade do investidor. Se o momento permite ainda apostar em tecnologias em fases de testes e que ainda busca desenvolvimento, a opção do metaverso é totalmente viável.
Recepção atual do metaverso
A curiosidade do público por muitas vezes pode ser o motor necessário para alavancar as discussões sobre um determinado assunto.
Quando se trata do metaverso, o público geral o enxerga como uma das maiores novidades atualmente, muitas vezes é a adaptabilidade a essa tecnologia que pode alterar sua escolha de com qual marca relacionar-se.
Mas é importante notar a necessidade de alinhamento entre o negócio e a tecnologia. Alguns setores são tradicionalmente presentes no ambiente offline, como a indústria.
Para um fabricante de micro motor elétrico odontológico, por exemplo, a relação que eles desenvolvem com seus clientes é voltada para relações pessoais, nesse caso pode parecer que o uso do metaverso não faz sentido.
Entretanto, o que traz o diferencial da adaptabilidade da empresa é justamente a capacidade de inovar as relações. Se a empresa desenvolve um espaço no metaverso para demonstrar o produto, por exemplo, ela está inserindo a tecnologia em seus processos.
E o público recepciona bem essa inserção, afinal o metaverso ainda é visto pelos adeptos da tecnologia como uma das maiores novidades do século.
Expectativas para o futuro dessa tecnologia
O metaverso não é apenas um software de computador ou um jogo de videogame para VR, ele é uma ferramenta poderosa, que pode transformar completamente a forma como as empresas se relacionam com os clientes e parceiros de negócios.
Todas as negociações de compra, até mesmo as mais específicas, como as conversas para comprar elevador para um prédio, por exemplo, poderão passar a acontecer dentro do metaverso, aproveitando de seus benefícios e funcionalidades.
Mas para isso ainda é preciso amadurecer tanto a tecnologia quanto a forma que ela é encarada pelas empresas.
Em muitos casos, para que uma marca consiga extrair dessa tecnologia o resultado esperado, ela precisa passar por um processo de evolução digital, educando a si e seus clientes.
A utilização em mega escala do metaverso não acontecerá em um período curto de alguns poucos anos, será necessário ainda mais discussões e avaliações sobre o tema, mantendo sempre em pauta toda a revolução que ele pode trazer para diversos mercados.
Alguns cuidados a serem tomados com o metaverso
Diante de um fortalecimento da presença online que tecnologias como o metaverso podem trazer, é importante atentar-se a alguns cuidados que devem ser reforçados.
Essas medidas visam priorizar a proteção de dados financeiros e pessoais. É preciso acompanhar as ações dessas empresas do mesmo modo que uma assessoria contábil em SP trabalharia com seus clientes, por exemplo.
O controle e acompanhamento nesse caso garante um respeito aos limites já existentes sobre o tema.
Proteção a identidade
A integração que o metaverso possui entre diversas redes sociais, jogos e contas online deve ser vista com muita atenção. Apesar de ser um fator benéfico para os usuários, pois facilita o login entre as plataformas, ele pode favorecer ações de roubo de identidade.
Nesse tipo de ataque o invasor consegue acesso a uma das contas, principalmente usando as que possuem alguma fragilidade em seus códigos de segurança, e com essa integralidade ele consegue também acesso a diversas outras contas.
Com isso ocorre o roubo das informações cadastradas, como dados pessoais e bancários, o que gera diversos prejuízos ao usuário que sofreu o ataque.
Portanto, uma das principais medidas de proteção seria a utilização de senhas diferentes para cada plataforma e a inserção de dupla camada de proteção, como a verificação de duas etapas, por exemplo.
Atenção aos ataques virtuais
O universo online pode ser um espaço facilitador para diversos tipos de ataques, como ação de stalkers, catfish, fraudes e até estelionato.
A maior dificuldade das autoridades é a identificação desses autores, atualmente essa questão tem evoluído e já é possível localizar com maior precisão esses criminosos, mas até que ponto essa evolução chegou ao metaverso?
Com a aproximação de pessoas que a tecnologia permite, é preciso pensar em quais formas de fiscalizar essas relações, ainda garantindo a privacidade de cada usuário.
Controle do acesso infantil
O acesso de crianças à internet já é um desafio para os moldes da internet atual, com a chegada do metaverso é preciso redobrar a atenção a essa questão.
A realidade aumentada é um cenário muito chamativo e interessante para crianças, que por serem nativos digitais já possuem uma facilidade em lidar com novas tecnologias.
E quando essas inovações passam a fazer parte do dia a dia da família, o acesso da criança passa a ser mais simplificado, e é justamente aqui onde está a maior preocupação.
A experiência do metaverso com os avatares aliados aos óculos VR são praticamente físicas, afinal a realidade está inserida ali, isso pode facilitar a ação de pedófilos e abusadores.
Portanto, é indispensável que os responsáveis não permitam a entrada de crianças sem supervisão no metaverso e limitem o acesso delas a essa tecnologia.
Atenção às fake news
Um dos principais problemas atualmente é o controle necessário com a disseminação de notícias falsas. A agilidade do fluxo da mensagem nos moldes atuais de relação na internet favorecem esses repasses.
Com o metaverso essas disseminações podem ser potencializadas, pois além de reunir em um ecossistema digital sem barreiras geográficas, ele ainda está inserido na internet proporcionando o dobro de contato entre as pessoas.
Inovação é essencial para todos os mercados, mas também é necessário entender até que ponto essa inovação é benéfica para o negócio, e com o metaverso esse alinhamento também é indispensável.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.